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ilusão
,
prosa poética
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Tola ilusão
Por
mais que tudo, tenho que escrever. Não aguento mais fugir de meu destino de escritor. As palavras me seguem, me contornam, me envolvem, me sublimam. Exigem
que eu as exponha, bonitas e suntuosas, em um papel. Que eu as externe. Que eu
deposite nelas toda minha angústia e rancor. Elas me amedrontam, me escravizam,
me transformam em um simples veículo de sua expressão. Somente elas me usam?
Não, claro que não. Antes de irem, deposito nelas toda minha solidão, toda
minha angústia, todas minhas dúvidas, todas minhas incertezas, todas minhas
indagações. Descarrego nelas toda a tensão de meus pensamentos, na vã tentativa
de me sentir mais leve. Como pensamentos ruins pesam!
Por
favor, palavras, removam de minha cabeça minhas decepções, meus sofrimentos,
minhas dúvidas, minhas angústias. Imploro-as como nunca implorei, suplico-as
como nunca supliquei.
Permita-me,
leitor, aqui, uma violenta quebra de
nexo textual, para que, assim, possa entrar em consonância com a confusão que
me enlaça.
Por
quê? Simplesmente me diga, por quê? Por que me abandonaste? Por que me levaste
a um ambiente ébrio, me seduzistes, me encantastes com teu sorriso juvenil? Por
quê? Qual o prazer que sentes em torturar um angustiado poeta? Diga! Não! Não
quero silêncio. Já estou cansado de ouvi-lo! Risadas? Por que ris de mim? Diga!
Responda! Pare! Cale-se! Vá embora! Saia de minha vida. Eu dei a ti a
oportunidade única de seres a primeira em minha vida. Fostes a primeira que
amei e a primeira que odiei, que detestei, que desprezei! De plena razão, digo
que, neste exato instante, estás feliz a sorrir, com o orgulho dos que iludem
mentes juvenis!
Por
que sou tão idiota? Por que me apego tão fácil a essa desprezível e
imprevisível espécie chamada Homo sapiens? Por quê? Por que tenho o coração
bondoso, a mente juvenil, o olhar inocente, o pensamento pueril de uma criança,
em seu alvorecer? Por quê? Como gostaria de ser perverso, de ter a coragem de
me vingar, de destruir, de gritar, de ir em sua casa e dizer o quanto a odeio,
o quanto a desprezo, o quanto lamento o segundo em que cruzaste meu caminho.
Por que não me deu valor? Será que não sabes a importância de ser a primeira na
vida de alguém? Onde está teus sentimentos? Ah, esqueci, você nunca os teve.
Por
favor, agora me deixe em paz. Não pertube meu descanso mental. Meus sentimentos
estão a se tratar do enorme ferimento que causastes. Quero te esquecer.
Esquecer tua linda e negra face que naquele maldito instante me iludiu! Adeus!
Removê-la-ei para sempre de minha vida e contigo deixarei meu eterno desprezo.
# Sugestão de link:
1) Agradeço ao bacharel em Ciências Contábeis, especialista em marketing e blogueiro do Jornal Meio Norte Heraldo Alves por divulgar em seu blog este poema, aqui.
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1) Agradeço ao bacharel em Ciências Contábeis, especialista em marketing e blogueiro do Jornal Meio Norte Heraldo Alves por divulgar em seu blog este poema, aqui.
2 comentários :
"Como pensamento ruins pesam" = "Como pensamentos ruins pesam".
"Eu a dei a ti a oportunidade..." = "Eu dei a ti a oportunidade..."
Só não cobro um salário de revisora pq me divirto tanto lendo teus posts que isso já paga.
=]
HAHAHA! Mais uma vez, obrigado pelos comentários positivos e pelas revisões gramaticais GRATUITAS! *-* KKKK.
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