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Adultério: pecado ou prazer?
Incline seu corpo sobre o meu,
Sinta as mais sutis curvas de meus lábios.
Confie em mim com o fervor incrédulo de um ateu,
Aperte minhas saliências nuas
Com a obstinação assídua de uma freira.
Deixe-me misturar minha saliva as suas
Mil e uma faces de feiticeira.
Mostre-me a auréola de seus mamilos.
Leve-me ao cúmulo da lascívia.
Torne-me o seu mais fiel pupilo
Da mais elevada classe patrícia.
Venha a mim com o desejo insaciável de um canibal
Que eu te farei a mais bela rainha de meu harém.
Eleve meu orgasmo a um nível colossal
Com o clamor de uma plebe sem vintém.
Concentre toda a sua sensibilidade
Nos leves beijos que desenho em suas ancas.
Invista neste ato toda sua vaidade
Para satisfazer os desejos de seus gemidos de santa.
Prenda-me nas mais grosseiras correntes
Com um vigor digno de ninfomania.
Torture os frívolos inconstantes de minha mente,
Torne sua meta vital atender minhas bizarras fantasias.
Sinta o fervilhar magnífico do proibido.
Esqueça as nuances deste adultério.
Aproveite cada segundo desta inexplicável libido,
Pois ela é somente contemplada pelos usuários deste estado ébrio.
7 comentários :
O jeito como tu usa essas palavras, bem provocante, ousado.
Muito bom! Ousado, provocante e romântico at same time. Gostei.
Obrigado, Lucas e Augusto, pelos elogios. =]
Bem ousado e nos provoca uma leve reflexão sobre isso. Muito bem organizado o texto. Abraço.
Sigo por que volto.
Agradeço os elogios, Marcos. =]
Adorei! Rimas muito ricas as suas, brilhante poeta! E para enaltecer ainda mais seu trabalho, conseguiu ser ousado e emotivo!
Excitante!Rs
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