Simpatias de fim de ano

Saiba como trazer seu amor em 3 dias


Ceia em família. Festa com os amigos. Viagem para o litoral. Show do Roberto Carlos na Globo. Gordos ressonos nos braços de Morfeu, simplesmente. Várias são as formas de se passar a virada do ano, ou, como diríamos nós, importadores da língua estrangeira, Réveillon.


Alguns rezam, outros pulam sete ondas, muitos vestem brancos, e acreditam no melhor, pois, no ano próximo, os astros estarão a seu favor. 

Top Blog #3

Caro leitor, a lista tríplice de hoje é um tanto quanto soberba e pernóstica, pois composta somente de celebridades, nobres destaques do mundo literário. HAHAHA! Brincadeira, claro!

Explico-vos: antes de passar por nosso crivo, os sites/blogs em questão foram merecedores do pódio da concurso Top Blog 2011, na categoria Literatura > Pessoal > Júri Acadêmico. Não é demais ressaltar que este é um dos maiores e mais concorridos certames da Blogosfera.

Novo Acordo Ortográfico



As mudanças do novo acordo ortográfico e o adiamento de sua vigência para 2016

O governo brasileiro ainda não definiu o cronograma de implantação da nova ortografia decorrente do Acordo Ortográfico assinado pelos países de língua oficial portuguesa em 1990 (ver nosso artigo “Mudanças ortográficas no horizonte” neste mesmo site). Deve, no entanto, fazê-lo em breve.
O FNDE já estabeleceu (talvez prematuramente) que os livros didáticos que serão distribuídos às escolas em 2010 pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) deverão estar já na nova ortografia.
Nos demais casos (concursos, vestibulares e edições em geral), vai haver, necessariamente, um período de transição durante o qual as duas ortografias serão aceitas. Até que este prazo vença, teremos tempo para nos adaptar às mudanças (que são poucas). Elas podem ser assim resumidas:

Os Sem-Natal



O abandono de crianças e idosos em asilos


Olhava fixamente aquele retrato amarelado e desgastado pelas intempéries do tempo. Tentava imaginar como seria o rosto dele, após tantos anos. Será se ele tem o garbo do pai? Será se ele tem os olhos da avó? Não sei, nem nunca saberei. Absorta em meus pensamentos, encarava o nada, e ali me mantive em lágrimas e esperanças perdidas.

Descobri, há vinte anos, que era portadora de esclerose múltipla. As palavras soavam inaudíveis de meus lábios, tentando, em vão, expressar o impacto daquela notícia. Como a natureza poderia ser tão cruel? Por que eu? Será se não mereço ter uma vida plena, nem que seja um pouco mais? Padeci diante das lembranças de todo o tempo perdido e das chances abandonadas, ou pelo simples medo de errar ou pelo cômodo da imparcialidade diante das escolhas.

Agora, aqui estou. Sentada nesta cadeira de rodas, dependendo de tudo e de todos para as mais elementares atividades cotidianas. O galope de minha doença transparece no crescente peso que despenca sobre meus músculos. Por que eles não respondem aos comandos do seu mestre? Apenas sorriem diante do fracasso de minhas tentativas.

O (meu) fim do mundo (2012)


Suicídios decorrentes de transtornos psicólogicos


Acordei com um ar sôfrego, de quem correra uns 10 quilômetros, sob um sol causticante. Apoiei-me por sobre meus cotovelos naquele chão frio e impecavelmente límpido. Percorri os olhos pelo recinto desconhecido, como que em suplício de algo familiar. Com certa dificuldade, levantei-me e pus-me a explorar aquela imensidade luminosa. Não demorei muito a descobrir que o tal recinto era apenas um de uma infinidade de outros, que cortavam o horizonte em um corredor aparentemente sem fim.

Pai, me compra um amigo?


AOS PRANTOS, meu filho veio em minha direção, atropelando-se entre soluços e obstáculos:
 - Que foi, pequenino? – envolvi-o em meus abraços, afagando-lhe a dor.
 - P-p-pai, me compra um amigo? – disse, enxugando as lágrimas e com brilho nos olhos daqueles que possuem plena convicção do que dizem.
- Comprar um amigo? – estranhei o pedido, ofertando-lhe a impossibilidade empírica do fato por meio de um franzir de cenho.
Explicou-me toda a história, entre malabarismos e contorcionismos corporais, queixando-se de suas falsas amizades.
 - Meu querido – adociquei a voz -, aprenda, desde já, que o ser humano é o bicho mais difícil de se lidar. – retirei o cabelo que caía em sua testa e aproximei-me de seu rosto. – Aprenda, também, antes de tudo, a perdoar as pessoas.

Top Blog #2

Antes de expor a segunda lista tríplice do Top Blog, devo imensas desculpas a você, leitor, pela minha inassiduidade. Não diga que é descompromisso para com o PA, leitor, por favor. Antes que me impute os piores adjetivos - e não o retiro de sua razão -, explico-me: o tempo me é tomado de assalto pelas atividades acadêmicas de universitário. Acredito que esta desculpa, de tão surrada, já caiu em total descrédito. Antes isso que incorrer em falsas justificativas, não?

Bem, prometo-o que tentarei canalizar um pouco de meu tempo perdido em redes sociais para o processo laboral de escrita, publicação e manutenção dos textos do PA. E, como promessa é dívida, dou-lhe o direito de cobrá-la, a qualquer tempo, judicialmente, mediante posse de Certidão de Dívida Ativa. HAHAHA!

Desculpas e gracejos à parte, vamos ao que desinteressa.

Top Blog #1

Iniciaremos hoje no PA uma série de posts, que serão publicados mensalmente, em caráter permanente, de sugestões de sites/blogs. Cada post conterá uma lista de três sites/blogs que, após um criterioso crivo (que incluirá a análise tanto técnica e visual do site/blog quanto seu conteúdo, claro), foram considerados de boa qualidade para nossos leitores. Constará, também, uma síntese da biografia do escritor-blogueiro e sugestões de leitura, que incluirão, preferencialmente, os textos mais acessados do respectivo site/blog.

Teresina, Cidade Verde?

TERESINA, capital do Estado do Piauí, hoje, 16 de agosto, comemora seus joviais 160 anos. Uma cidade que, apesar de nova, já enfrenta problemas de grandes metrópoles. Mazelas sociais que perpassam as desigualdades sociais, a falta de infraestrutura das polícias judiciárias, o déficit do ensino educacional, o descaso com a saúde pública e o total desinteresse na conservação das riquezas naturais. Abordaremos, neste texto, este último tópico, expondo, ao final, soluções plausíveis para desenlace deste impasse.

A família perfeita

Uma (falsa) família perfeita


Éramos uma família perfeita, no sentido bíblico da expressão. Marido, mulher e dois roliços e rosados filhos. Como bons católicos, íamos à igreja semanalmente, sempre aos domingos. Jantávamos em requintados restaurantes, preferencialmente aos sábados. Convidavam-nos para todos os eventos festivos, desde aniversários até réveillons. Sempre queriam nos manter por perto, como que à espera que, por um deslize, mostrássemos personalidades grosseiras e selvagens. Éramos impecáveis, no entanto. A vizinhança nos inveja e questionavam-se como uma família poderia ser tão unida e feliz. Devo dizer que éramos excelentes atores.

Você quer ser meu pai?


Abandono de crianças em orfanatos no Brasil


HELENA fincava fortemente as unhas em minhas costas. Suas lágrimas inundavam meu paletó. Reunia, em minhas vísceras, o impossível, para não sucumbir àquele momento. Era o terceiro filho que perdíamos, somente naquele ano.

 - Eu sou uma oca, Vinícius! Completamente vazia por dentro! – agitava a cabeça, desordenadamente, atrapalhando-se entre lágrimas e palavras.

 - Amor... – suspirei fundo. – Acalme-se. A culpa não é sua. – pus meu indicador em seu queixo e, erguendo seus olhos, enxuguei-lhe as lágrimas e beijei-lhe a testa. – O aborto espontâneo, como a própria nomenclatura sugere, independe completamente de sua vontade. – entoava minha voz, de modo a soar a mais acolhedora possível. – Simplesmente acontece. – conclui, abraçando-a com maior afinco. Olhei para o nada, por sobre seu ombro, e perdi-me em pensamentos, perguntando-me até que ponto suportaria aquilo tudo.

Histórias Cruzadas

 A discriminação racial no Brasil


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...). (CF/88)

A PAR da garantia insculpida na Carta Magna, será se a igualdade lato sensu, princípio basilar da República Federativa do Brasil, ultrapassa os limiares estabelecidos pela letra da lei? Ou será se essa norma restringe-se ao campo meramente material, posicionando-se mais como uma norma programática que cogente?

Tais questionamentos foram despertados em meu intelecto pelo filme Histórias Cruzadas, que retrata, sob o viés das empregadas domésticas, a discriminação racial predominante nos Estados Unidos, da década de 40. As pobres negras, em apertada sinopse, sofriam as mais cruentas formas de exclusão social, que perpassavam a proibição de frequentar certos ambientes ao absurdo de serem tolhidas, por força de lei, a utilizar o mesmo banheiro de seus patrões.

Sarah Meneses, a curica de ouro

O ouro olímpico da judoca piauiense Sarah Meneses


Há pelo menos dez dias, ri-me ao ver que, no microblog Twitter, dentre os Trending Topics, constava a expressão “curica de ouro”, que aludia à conquista histórica do ouro olímpico pela judoca piauiense Sarah Meneses. Como é cediço, tal expressão advém do bordão utilizado por uma personagem de novela televisiva, transmitida pela emissora Rede Globo. No mesmo dia, também incorri em felicidade instantânea, ao deparar-me com um depoimento incontido, de idêntica temática, de um usuário da rede social Facebook; dessa vez, porém, de tom mais estúpido e menos humorístico que aqueloutro. Transcrevo um trecho da declaração, com as devidas correções gramaticais: “Pode ganhar milhões de medalhas... O Brasil vai continuar o mesmo em educação, saúde, segurança (...).” Aqui, utilizo-me de meu direito constitucional ao silêncio, tamanha a ausência de embasamento fático e lógico da assertiva. As críticas destrutivas e as expressões faciais ficam a seu critério, leitor.

Crescei e multiplicai-vos

 A pedofilia na Igreja Católica


SOB O PÁLIO da cruz, sentia o suor respingar em meu rosto. Cada relâmpago que atravessa as vidraças daquela noite chuvosa e sombria revelava uma mistura de feições de fé, prazer e medo. O segundo adjetivo despiu-se diante de meus olhos aos poucos, veste após veste, com mãos de malícia, o que me pôs no atual estado de estupefação. Os trovões pareciam acompanhar, em sincrônica melodia, as orações em latim, que se espremiam tímidas por entre gemidos fervorosos. As dores e o eventual sangramento já não mais me incomodavam. Só não compreendia ao certo o sentido daquilo tudo.

Os bastidores de um Führer

Os bastidores da Segunda Guerra Mundial


“ELE FAZIA esboços, pintava, projetava museus, uma ponte sobre o rio Danúbio, teatros e até mesmo a completa reconstrução de Linz. Fez também, por um tempo, algumas aulas de piano. Além disso, frequentava concertos, teatros, um clube de música, outro de livro e um museu de cera.”

Acredito que essa descrição é exígua e por demais vaga para ser imputada a alguém. Porei aqui, então, mais alguns trechos de alusão ao nosso protagonista de hoje, leitor. Dou-lhe apenas mais duas chances para atingir a resposta correta.

O Oitavo Pecado Capital

Moralismo (Poemas Avulsos)

 Os oito pecados capitais


E, FINALMENTE, leitor, após um árduo e quase trabalho de parto de nove meses, revelarei o Oitavo Pecado Capital. Antes de mais nada, devo agradecer aos meus familiares e amigos pelas criativas e eficientes opiniões, que perpassaram desde o conservadorismo (homoafetividade, como oitavo pecado) até o liberalismo exacerbado (o não pecar, como o oitavo elemento). Agradeço, também, ao Santo Google, claro. Nele você encontra respostas até para os mistérios da humanidade. Sem mais delongas, digo que o oitavo pecado é o MORALISMO!

O mestre Aurélio define, com usual clareza, o conceito deste verbete: tendência a priorizar de modo exagerado a consideração dos aspectos morais na apreciação dos atos humanos. E o que seria a moral? Do mesmo autor, infere-se que moral é o conjunto de regras de conduta consideradas como válidas por um grupo social em um determinado espaço-tempo. Introduzido e explicado o assunto, vamos ao que desinteressa.

Hipertrofie-se!

Cérebro malhando (Poemas Avulsos) A soberba intelectual


POR POUCO mais de um mês, mantive-me afastado do PA. Fisicamente, somente, vale ressaltar. Nenhum dia se passou sem ter vindo ao meu encontro um sentimento de culpa por ter abandonado meus leitores. Digo, de antemão, que foi por motivo de força maior: a um, os assuntos acadêmicos, em especial, consomem com voracidade meu tempo; a dois, está a ausência da tão necessária inspiração. Nem a busca de experiências novas a tem despertado, tamanha sua fraqueza. A três, está a Preguiça em si: inutilizo incontáveis horas no vício universal do mundo virtual – o Facebook. Postos os argumentos. Se o convenci ou não, o problema não é meu (nem seu).

Vamos agora ao que desinteressa e continuemos (e, por favor, acabemos!) a série do Oitavo Pecado, com a Soberba.

A mulher dos meus sonhos

A SOBERBA #2


O sol não estava mais iluminado nem os passarinhos cantarolavam nos arvoredos. Era uma dia como outro qualquer. Daqueles que, no início, você deseja que termine logo e que, no final, prolongue-se por mais três ou quatro horas. Acredito, leitor, que as melhores (e piores) pessoas sempre surgem (e desaparecem) no inesperado.

12h30. Intervalo para o almoço. Aproveito e dou uma escapadela do escritório para a livraria da esquina. Há dias aquele Vade Mecum atualizado estava em meus planos. Quase correndo, atravesso o mar de pernas, entre puxões e xingamentos. Um “não vê por onde anda, seu apedeuta?” acertou minha nuca. Suspirei, balancei negativamente a cabeça e, com um franzir de testa, prossegui. Apenas me despertou a curiosidade aquele verbete esquisito.

Pobre e soberba

A SOBERBA #1


Rochelle, pobre e soberba (Poemas Avulsos)NASCEU no interior do estado, em uma choupana de teto de palha e paredes de barro. Se o ditado popular fosse verídico, diria que nasceu com as nádegas viradas para o Sol. Teve de viver aquela vidinha interiorana de muito trabalho e pouco estudo.
A falta de sorte financeira e intelectual, no entanto, fora compensada com uma astúcia inigualável. Como se tal virtude não bastasse, era harmônica de curvas e traços de rosto. Isso mesmo que você está pensando, leitor: não demorou muito e ela logo se engraçou com o coronel da cidadela. Era a amante e, como boa profissional do ramo, sugava do adúltero bons quinhões. Nada que uma boa lábia (lê-se ameaças) não resolva, não?

Não dê esmola, dê cidadania

A PREGUIÇA #3

SEMÁFORO vermelho. Era noite e a luz dos postes esgueirava-se pelos resíduos suspensos, formando um amarelo opaco e desvanecido. O calor evaporava do asfalto e misturava-se ao som da impaciência dos motoristas: o clima era de uma agonia ensurdecedora.
- Levante os vidros! Rápido! – disse o passageiro, nitidamente inquieto.
- Hã? – ainda despertava da latência do tédio – Mas por quê? – peguei-me já suspendendo o vidro, como que por instinto de defesa.
O passageiro dirigiu o olhar para a silhueta à frente, que se desenhava pálida nas cores do urbano. Naquele instante, fui invadido por uma sensação mui peculiar. Tanto que me vi intimado a decompô-la em palavras. Acredito, leitor, que é nesses sentimentos que cruzam as águas da inspiração e da imaginação.

Você não passa de um negrinho inútil, meu caro!

A PREGUIÇA #2
Caricatura de Machado de Assis (Poemas Avulsos)- QUERIDO, olhe para mim - disse D. Leopoldina, pondo as palmas das mãos sobre o rosto do pequenino Assis. – Nunca, nunca acredite naqueles que zombam de sua capacidade, certo? Fez-se uma longa pausa. A genitora sufocou-o com um imenso abraço, como que querendo protegê-lo da caixa de Pandora, alcunhada de mundo. Uma lágrima escorreu-lhe. Sabia que a vida ser-lhe-ia implacável; que não perdoaria sua origem humilde e sua descendência étnica. Inocente, esbugalhou os olhos, tentando compreender o motivo da emoção repentina. Mal sabia que este seria seu derradeiro afago.
Ressalto, leitor, para fins de coerência textual, que a estória, aqui exposta, passa-se no Rio de Janeiro, em 1845, época em que nascer negro era mais que um castigo do destino: era um castigo divino.

Quais são os tipos textuais? (Parte 1)

OS TIPOS textuais são cinco: narrativo, descritivo, argumentativo, explicativo (ou expositivo) e injuntivo (ou instrucional).
Narração: é o relato de fatos, contados por um narrador, envolvendo personagens, localizados no tempo e no espaço.
Jornal (Poemas Avulsos)É um texto que se caracteriza, quanto ao conteúdo, pela apresentação de fatos, de acontecimentos, e, quanto à forma, pelos verbos no pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito (mais raramente no presente) e pela determinação clara da passagem do tempo.
A sequência narrativa é marcada pela temporalidade; como seu material é o fato e a ação, a progressão temporal é essencial para seu desenrolar, ou seja, desenvolve-se necessariamente numa linha de tempo e num determinado espaço.

A chave da pobreza e da miséria

A PREGUIÇA #1

ESGUEIRAVA-SE, viscoso e úmido, pelos cantos do casebre. A chuva salpicava o telhado, aumentando o diâmetro das já existentes goteiras e criando outras. A estrutura de pau-a-pique cambaleava ao ritmo da ventania. Nem as intempéries da natureza, no entanto, eram capazes de despertar a demência de João Francisco.
- Menino, vai ajudá tua mãe! Num tá veno que ela tá pra se acabá aí, colocando as tigela pra apará a água? – gritava José das Chagas, enquanto esfregava gravetos na lenha, em tentativa vã de acender o forno.
Preguiça (Poemas Avulsos)- Aaaah, pai! – estirou-se no colchão, que, apesar de encharcado, não parecia incomodá-lo. – Cadê a Tonha e o Pedim? Eles faz isso mió que eu! – riu-se, em uma risadinha preguiçosamente debochada.
- Que minino teimoso! Tá veno, Joaquina? – virou-se para a esposa. – Isso é culpa tua! Que, quando eu queria dá umas chinelada nesse muleque, tu acobertava ele! Não, não bate no pobrezim. – disse, afinando a voz. – Agora, tá aí, tudo que a gente manda ele fazê, ele vem com essa desculpa esfarrapada! – suspirou. – Agora, que ele já tá hômi, nem adianta mais! – a raiva transparecia em seu timbre.

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