O Oitavo Pecado Capital

Moralismo (Poemas Avulsos)

 Os oito pecados capitais


E, FINALMENTE, leitor, após um árduo e quase trabalho de parto de nove meses, revelarei o Oitavo Pecado Capital. Antes de mais nada, devo agradecer aos meus familiares e amigos pelas criativas e eficientes opiniões, que perpassaram desde o conservadorismo (homoafetividade, como oitavo pecado) até o liberalismo exacerbado (o não pecar, como o oitavo elemento). Agradeço, também, ao Santo Google, claro. Nele você encontra respostas até para os mistérios da humanidade. Sem mais delongas, digo que o oitavo pecado é o MORALISMO!

O mestre Aurélio define, com usual clareza, o conceito deste verbete: tendência a priorizar de modo exagerado a consideração dos aspectos morais na apreciação dos atos humanos. E o que seria a moral? Do mesmo autor, infere-se que moral é o conjunto de regras de conduta consideradas como válidas por um grupo social em um determinado espaço-tempo. Introduzido e explicado o assunto, vamos ao que desinteressa.

Há cerca de dois meses, deparei-me com uma reportagem televisiva anunciando investigações de denúncias de intolerância lato sensu, advindas de um website. Nele, você poderia encontrar desde manifestações de discriminação racial até incitamento à pedofilia. A coincidência foi que, meses antes da repercussão midiática, eu havia denunciado esse mesmo website à Polícia Federal e, indo além, fiz uma campanha de repúdia no Facebook, tamanha foi minha indignação. Interrompo aqui o suspense, informando o nome do infrator: Silvio Koerich. Adicionais são com você e o Google.

Por mais que saibamos, leitor, da existência de seres humanos deploráveis, não esperamos nos esbarrar com eles fora das telenovelas, denominados, neste caso, de vilões – pessoas bizarramente perversas. É triste saber que ainda há – e sempre haverá – pessoas que acreditam que a vida da mulher deve se restringir à boca do fogão e às fraldas urinadas do filhos; que as ditas minorias étnicas devem ser exterminadas; que homem de verdade é aquele     que alicia menores de idade, que ingere bebidas alcoólicas até atingir o coma e que, após tudo isso, espanca sua esposa e filhos.

Não digo, leitor, para sermos perfeitos – até porque tal feito é impossível. Defeitos são importantes porque sem eles não há erro, e sem erro não há aprendizado. Digo, apenas: sejamos eternos floristas que colhem, entre os espinhos da vida, as flores que nos embelezam.
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1 comentários :

Eu acho que é, na verdade, a mentira o oitavo pecado

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