Os bastidores de um Führer

Os bastidores da Segunda Guerra Mundial


“ELE FAZIA esboços, pintava, projetava museus, uma ponte sobre o rio Danúbio, teatros e até mesmo a completa reconstrução de Linz. Fez também, por um tempo, algumas aulas de piano. Além disso, frequentava concertos, teatros, um clube de música, outro de livro e um museu de cera.”

Acredito que essa descrição é exígua e por demais vaga para ser imputada a alguém. Porei aqui, então, mais alguns trechos de alusão ao nosso protagonista de hoje, leitor. Dou-lhe apenas mais duas chances para atingir a resposta correta.

“Aos 15 anos, passava a maior parte do tempo desenhando, pintando e lendo. (...) Um empenho sofrível na escola mostra como o adolescente de 16 anos era preguiçoso. Mas quando o assunto era arte, ele obtinha ótimos resultados.”

Um exímio artista, não? Seu sonho era dedicar-se de forma integral ao mundo das artes. Extraio de seu livro – isso mesmo, ele escreveu um livro – um trecho que corrobora esta assertiva: “Um dia, tive certeza de que seria pintor, um artista... Meu pai ficou perplexo, mas logo se recuperou... ‘Artista, não, jamais enquanto eu viver!’”.

E, então, leitor? Já adivinhou o nome de nosso pupilo? Seria algum artista famoso? Ou, quem sabe, um escritor brasileiro?

Vale ressaltar que o nosso protagonista foi um grande idealista em sua época; que, através de admirável oratória, engrandeceu multidões com palavras motivacionais; que, por intermédio de sua perspicácia, deslanchou a economia de todo um país, removendo-o de um quadro crítico de desemprego e miséria.

E aí, leitor? Com certeza, depois dessas incontáveis dicas, você acertou! Não? Pelo visto, se continuar a esperar a resposta, delongar-me-ei por todo o sempre. Após muito suspense, revelo, então, o esperado nome: ADOLF HITLER. Surpreso, não? HAHAHA!

Seus palpites, indubitavelmente, leitor, passaram anos-luz de distância do acerto. Utilizei-me desse contraditório e curioso personagem propositalmente, com o fito de despertar-lhe a reflexão: por mais ignóbil que seja uma pessoa, ela sempre possui um lado bom, por mais desprezível que este pareça. Ninguém é personagem de novela televisiva, leitor, isto é, nenhum ser humano é um perfeito vilão malévolo ou um puro e santificado mocinho.

Antes que você solte difamações descabidas, digo: não sou nenhum neonazista e, muito menos, não cultuo Hitler nem quaisquer doutrinas a ele intrínsecas. Apenas aqui exponho a desconhecida face de um dos mais repulsivos genocidas da humanidade.

E o que tudo isso tem que ver com o oitavo pecado? Bem, agora iremos ao que desinteressa. 

Como é cediço, Hitler apregoava uma espécie de eugenia alemã, aliada, claro, a uma fortíssima discriminação étnica: aqueles que não pertencessem à superior  raça ariana deveriam ser sumariamente entregues à morte, da mais cruenta forma. 

Os desafortunados foram, principalmente, os judeus. Eram culpados pelo caos econômico e político que se instalara no país e por quaisquer outras mazelas que ali se alojavam. Quando não mortos de forma hedionda, eram utilizados em experimentos bizarros, tal como se utilizam cobaias de laboratório. Incluía-se também nesse rol dos impuros os negros, homoafetivos, deficientes físicos ou quaisquer outros que fugissem do estereótipo perfeito. O massacre nazista foi, destarte, o mais terrível de todos os tempos.

Por detrás de todo esse ódio infundado, encontra-se um repulsivo sentimento de supremacia alicerçado pelo moralismo, que já fora devidamente conceituado e discutido anteriormente.

Apesar de retórica, estendo esta pergunta a você: até onde vai a maldade humana? Não estou sentenciando nossa espécie, leitor, até porque, se o fizesse, incorreria em confissão. Apenas gera-me insegurança ao não saber aonde iremos parar diante de gritante desproporção numérica entre os feitos filantrópicos e os egoísticos, que, surpreendentemente, acentua-se cada vez mais.


# Sugestão de links:

1) Cinco coisas que você não sabia sobre Hitler, da Revista Galileu, aqui.

2) Curiosidades reveladoras de Hitler, de Francisco Miranda, aqui.

3) Dez curiosidades sobre o Hitler, de blog "Ah, Duvido", aqui.
Pin It now!

1 comentários :

Postar um comentário

Gostou? Então, assine nosso Feed RSS!

Poemas Avulsos


Todos os direitos reservados © Poemas Avulsos | Política de Privacidade