Hipertrofie-se!

Cérebro malhando (Poemas Avulsos) A soberba intelectual


POR POUCO mais de um mês, mantive-me afastado do PA. Fisicamente, somente, vale ressaltar. Nenhum dia se passou sem ter vindo ao meu encontro um sentimento de culpa por ter abandonado meus leitores. Digo, de antemão, que foi por motivo de força maior: a um, os assuntos acadêmicos, em especial, consomem com voracidade meu tempo; a dois, está a ausência da tão necessária inspiração. Nem a busca de experiências novas a tem despertado, tamanha sua fraqueza. A três, está a Preguiça em si: inutilizo incontáveis horas no vício universal do mundo virtual – o Facebook. Postos os argumentos. Se o convenci ou não, o problema não é meu (nem seu).

Vamos agora ao que desinteressa e continuemos (e, por favor, acabemos!) a série do Oitavo Pecado, com a Soberba.

Muito me desperta a atenção a soberba intelectual. Defino-a: é uma subespécie do pecado Soberba, acometida às pessoas que acreditam deter uma inteligência muito superior às suas verdadeiras posses. Confesso, leitor, que, por vezes, pego-me com ares de prepotência típicos deste pecado, atribuindo exacerbado quinhão a feitos pessoais. A título unicamente ilustrativo, utilizo um exemplo que, de tão simples, insulta a inteligência daqueles que o leem: atinjo pontuação um pouco mais elevada em uma prova que, de consenso geral, foi difícil. É comum, a posteriori, o enaltecimento pessoal, o inflar que tira os pés do chão.

Querendo, ou não, darei um conselho a você, leitor: procure superar a si mesmo antes de, pelo menos, pensar em superar os demais. Desafie-se. Mantenha-se sempre insatisfeito. Assim, o tempo que dispensaria ao massageio do seu ego será convertido em uma constante filosofia socrática - um só sei que nada sei.

Finalizo transcrevendo este alerta do Ministério da Vida: o homem que se acomoda nos exercícios intelectuais, atrofia a sua existência no mundo.
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