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texto didático
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Novo Acordo Ortográfico
As mudanças do novo acordo ortográfico e o adiamento de sua vigência para 2016
O governo brasileiro ainda não
definiu o cronograma de implantação da nova ortografia decorrente do Acordo
Ortográfico assinado pelos países de língua oficial portuguesa em 1990 (ver
nosso artigo “Mudanças ortográficas no horizonte” neste mesmo site). Deve, no
entanto, fazê-lo em breve.
O FNDE já estabeleceu (talvez
prematuramente) que os livros didáticos que serão distribuídos às escolas em
2010 pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) deverão estar já na nova
ortografia.
Nos demais casos (concursos,
vestibulares e edições em geral), vai haver, necessariamente, um período de
transição durante o qual as duas ortografias serão aceitas. Até que este prazo
vença, teremos tempo para nos adaptar às mudanças (que são poucas). Elas podem
ser assim resumidas:
A – SUPRESSÃO DE ACENTOS
1. não use mais o trema:
linguiça, tranquilo, cinquenta, sequestro;
2. não use mais o acento agudo
para marcar os ditongos abertos oi e ei
em palavras paroxítonas:
paranoia, paranoico, boia, jiboia, assembleia, ideia, plateia;
3. não acentue mais as duplas
oo e ee: voo, enjoo, abençoo, leem, creem, deem;
4. não acentue mais as
seguintes palavras:
- para (verbo parar);
- pera (fruta);
- polo (substantivo: polo
Norte, polo industrial);
- polo (substantivo – um tipo
de falcão);
- pelo (substantivo – o pelo
do gato);
- pelo e pela (verbo pelar);
- pela (substantivo – um tipo
de bola e de jogo);
- pero (substantivo – uma
variedade de maçã);
5. não acentue mais o u e o i
tônicos em palavras paroxítonas quando precedidos de ditongo: baiuca, feiura;
6. não acentue mais o u tônico
de verbos como averiguar, apaziguar, arguir: averigue, apazigue, arguem;
7. a palavra forma (ô) pode
ser grafada com ou sem o acento circunflexo (forma ou fôrma).
B – HÍFEN
1. no caso de palavras
formadas por prefixação, só se usa o hífen nos seguintes casos:
● o segundo elemento começa
com h: super-homem, semi-hospitalar, sub-humano;
EXCEÇÃO: manteve-se a regra
atual que descarta o hífen nas palavras formadas pelos prefixos des- e in- e
nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano).
● o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa com a mesma vogal: contra-almirante, supra-auricular,
auto-observação,
micro-onda, infra-axilar;
EXCEÇÃO: manteve-se a regra
atual que descarta o hífen com o prefixo co- (mesmo quando o segundo elemento
começa como): cooperação, coobrigação, coordenação, coadministração, coparticipação,
coprodutor.
● o prefixo é pré-, pós-,
pró-: pré-primário, pré-fabricado, pós-graduação, pós-moderno, pró-europeu,
pró-reitor;
● o prefixo é circum- ou pan-
e o segundo elemento começa com vogal, h, m ou n: circum-adjacente,
circum-mediterrâneo, circum-navegação, pan-americano, pan-helenismo,
pan-mítico.
2. fica abolido o hífen:
● quando o segundo elemento
começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas: antirreligioso,
contrarregra, antirrugas, infrassom, antissemita, microssistema, minissaia,
contrassenso;
EXCEÇÃO: manteve-se, neste
caso, o hífen quando os prefixos terminam com r – hiper-, super-, inter-: hiper-requintado,
hiper-rancoroso, inter-racial, interregional, super-realista;
● quando o prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente: antiaéreo,
agroindustrial, hidroelétrica, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,
extraescolar.
OBSERVAÇÃO
O Acordo estipula que não se
usa mais o hífen em palavras compostas em que se perdeu o senso de composição e
cita paralamas e mandachuva. O texto do Acordo, porém, não arrola todos os
casos em que isso vai ocorrer, o que constitui um problema para a implantação
da nova ortografia.
Conseqüência: para resolver
esta dúvida, temos de aguardar a publicação do Vocabulário Ortográfico Comum
que deverá ser organizado, sob supervisão do Instituto Internacional da Língua
Portuguesa (da CPLP- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), por uma
comissão com representantes da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia
Brasileira de Letras e de entidades congêneres dos outros países.
Enquanto aguardamos o Vocabulário
Ortográfico, passe a grafar paralamas e mandachuva.
C – LETRAS MAIÚSCULAS
Se compararmos o disposto no
Acordo com o que está definido no atual Formulário Ortográfico brasileiro,
vamos ver que houve uma simplificação no uso obrigatório das letras maiúsculas.
Elas ficaram restritas:
● a nomes próprios de pessoas
( João, Maria), lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto
Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno,
Zeus);
● a nomes de festas (Natal,
Páscoa, Ramadão);
● à designação dos pontos
cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente);
● às siglas (FAO, ONU);
● às iniciais de abreviaturas
(Sr. Cardoso, Gen. Mello, V. Ex.ª)
● e aos títulos de periódicos
(Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo).
Ficou facultativo usar a letra
maiúscula nos nomes que designam os domínios do saber (matemática ou
Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/doutor Fernandes, Santa/santa
Bárbara) e nas categorizações de logradouros públicos (Rua/rua da Liberdade),
de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício/edifício Cruzeiro).
REFERÊNCIAS:
FARACO, Carlos Alberto. Novo acordo ortográfico. Disponível em: <http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf>. Acessado em 26 dez. 2012.
# SUGESTÃO DE LINKS:
REFERÊNCIAS:
FARACO, Carlos Alberto. Novo acordo ortográfico. Disponível em: <http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf>. Acessado em 26 dez. 2012.
# SUGESTÃO DE LINKS:
1) Governo adia novo acordo
ortográfico para 2016, AQUI.
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