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moralismo
,
narração
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ódio
,
oitavo pecado
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Os bastidores de um Führer
Os bastidores da Segunda Guerra Mundial
“ELE FAZIA esboços, pintava, projetava museus, uma ponte sobre o rio Danúbio, teatros e até mesmo a completa reconstrução de Linz. Fez também, por um tempo, algumas aulas de piano. Além disso, frequentava concertos, teatros, um clube de música, outro de livro e um museu de cera.”
Acredito que essa descrição é exígua e por demais vaga para
ser imputada a alguém. Porei aqui, então, mais alguns trechos de alusão ao
nosso protagonista de hoje, leitor. Dou-lhe apenas mais duas chances para
atingir a resposta correta.

Um exímio artista, não? Seu sonho era dedicar-se de forma
integral ao mundo das artes. Extraio de seu livro – isso mesmo, ele escreveu um
livro – um trecho que corrobora esta assertiva: “Um dia, tive certeza de que
seria pintor, um artista... Meu pai ficou perplexo, mas logo se recuperou...
‘Artista, não, jamais enquanto eu viver!’”.
E, então, leitor? Já adivinhou o nome de nosso pupilo? Seria
algum artista famoso? Ou, quem sabe, um escritor brasileiro?
Vale ressaltar que o nosso protagonista foi um grande
idealista em sua época; que, através de admirável oratória, engrandeceu
multidões com palavras motivacionais; que, por intermédio de sua perspicácia,
deslanchou a economia de todo um país, removendo-o de um quadro crítico de
desemprego e miséria.
E aí, leitor? Com certeza, depois dessas incontáveis dicas,
você acertou! Não? Pelo visto, se continuar a esperar a resposta, delongar-me-ei
por todo o sempre. Após muito suspense, revelo, então, o esperado nome: ADOLF
HITLER. Surpreso, não? HAHAHA!
Seus palpites, indubitavelmente, leitor, passaram anos-luz
de distância do acerto. Utilizei-me desse contraditório e curioso personagem
propositalmente, com o fito de despertar-lhe a reflexão: por mais ignóbil que
seja uma pessoa, ela sempre possui um lado bom, por mais desprezível que este pareça.
Ninguém é personagem de novela televisiva, leitor, isto é, nenhum ser humano é um perfeito vilão
malévolo ou um puro e santificado mocinho.
Antes que você solte difamações descabidas, digo: não sou nenhum
neonazista e, muito menos, não cultuo Hitler nem quaisquer doutrinas a ele intrínsecas. Apenas
aqui exponho a desconhecida face de um dos mais repulsivos genocidas da
humanidade.
E o que tudo isso tem que ver com o oitavo pecado? Bem, agora
iremos ao que desinteressa.
Como é cediço, Hitler apregoava uma espécie de eugenia alemã,
aliada, claro, a uma fortíssima discriminação étnica: aqueles que não
pertencessem à superior raça ariana
deveriam ser sumariamente entregues à morte, da mais cruenta forma.
Os desafortunados foram, principalmente, os judeus. Eram
culpados pelo caos econômico e político que se instalara no país e por
quaisquer outras mazelas que ali se alojavam. Quando não mortos de forma hedionda,
eram utilizados em experimentos bizarros, tal como se utilizam cobaias de
laboratório. Incluía-se também nesse rol dos impuros
os negros, homoafetivos, deficientes físicos ou quaisquer outros que fugissem do estereótipo perfeito. O massacre nazista
foi, destarte, o mais terrível de todos os tempos.
Por detrás de todo esse ódio infundado, encontra-se um
repulsivo sentimento de supremacia alicerçado pelo moralismo, que já fora devidamente conceituado e discutido anteriormente.
Apesar de retórica, estendo esta pergunta a você: até onde
vai a maldade humana? Não estou sentenciando nossa espécie, leitor, até porque,
se o fizesse, incorreria em confissão. Apenas gera-me insegurança ao não saber aonde iremos parar diante de
gritante desproporção numérica entre os feitos filantrópicos e os egoísticos, que, surpreendentemente, acentua-se cada vez mais.
# Sugestão de links:
1) Cinco coisas que você não sabia sobre Hitler, da Revista Galileu, aqui.
2) Curiosidades reveladoras de Hitler, de Francisco Miranda, aqui.
3) Dez curiosidades sobre o Hitler, de blog "Ah, Duvido", aqui.
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# Sugestão de links:
1) Cinco coisas que você não sabia sobre Hitler, da Revista Galileu, aqui.
2) Curiosidades reveladoras de Hitler, de Francisco Miranda, aqui.
3) Dez curiosidades sobre o Hitler, de blog "Ah, Duvido", aqui.
1 comentários :
bom texto
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