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escritor
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narração
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Como ser um bom escritor
Certa vez, em um passado nem tão longínquo,
um amigo me abordou e questionou: como está o Blog, Elvis? Esbocei a mesma
reação, que esboço a todos, um franzir de cenho, acompanhado de um enruguecer
de lábios: rapaz, está parado. Logo acompanhado da desculpa de compreensão
universal: não tenho tido tempo. Ok.
Em passado mais recente, outro
amigo dispersou a seguinte informação: o Elvis escrevia um Blog (isso mesmo, no
pretérito, indicando uma ação perfeitamente acabada e concluída). Estranhei
porque, até então, jamais ouvira tamanha audácia: nunca parei de escrever.
Logo, ele disparou uma resposta muito perspicaz – a mesma que me levou a
escrever o presente texto: é, mas você sequer atualiza mais. Mantive-me inerte
diante daquela afirmação, refletindo, cabisbaixo, a respeito de sua veracidade.
Hoje, neste domingo de ócio produtivo, venho, por meio deste instrumento,
oferecer minha réplica, que outrora se mantivera calada:
Meu caro, se a existência de um
blog fosse mensurada pela constância de sua atualização, sua grande, imensa e
esmagadora maioria (devo incorrer em pleonasmo redundante, por simples motivo
de salientar a afirmação da assertiva), devo dizer, estariam condenados ao
cárcere do esquecimento e da invisibilidade. Ou seja, em termos técnicos,
utilizando-me das palavras do mestre Google, este site não endossa conteúdo dos
blogs hospedados.
Além disso, ressalto que o fato
de eu não estar atualizando o PA frequentemente é um fato não doloroso apenas
pra mim, como também para você, querido leitor (ou não). Os pensamentos
arredios sempre me capturam, obrigando-me a pensar na frustração que é não
dispor de tempo suficiente para me dedicar aos meus escritos. Elvis, tempo é uma
questão de prioridades, célebre frase de conhecimento popular e autoria
desconhecida. Ou ainda, Elvis, tempo não se faz, se cria. Certo. No entanto,
venho dizer com imensurável tristeza que, neste momento, o PA não é minha
prioridade. :(
Conforme já ressaltei em textos
anteriores, a graduação em Direito consome considerável parte de meu tempo,
ainda que no período de férias. Férias são, em tese, momento de descanso e de
total desapego com livros acadêmicos, a ponto de ser taxado de nerd, geek ou louco
se os abrir diariamente para estudar. Em tese, meu caro. A busca pelo meu sonho
não tem trégua, apenas fim. Sonho de terminar meu curso (estou muitíssimo
perto, leitor, menos de um ano!) já concursado e, em um futuro próximo, ser
aprovado em um concurso para cargo de promotor ou juiz (dúvida cruel). E, para
isso, como todos sabem, tenho que estudar loucamente sim. Ah, este nem é meu
objetivo prioritário atual, na verdade, e sim ser aprovado no Exame da OAB.
Este sim é o menino dos meus olhos do corrente semestre.
Por fim, devo dizer que o
distanciamento físico de minhas palavras e de meus queridos livros não-acadêmicos
não me torna menos escritor. Sim, sou escritor porque uma parte de mim sempre
estará incompleta enquanto não preenchida pelas minhas palavras. Um
preenchimento de um vazio que deve ser contínuo e cuidadoso, de um vazio (oremos!)
insaciável.
Bem, é isso. A resposta está dada,
querido leitor. Não sou desses de levar desaforo para casa (mentira). :)
1 comentários :
Que pena :( adoro seus textos, e você com certeza conseguirá chegar ao término do sonho.
Beijo!
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