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Moulin Rouge
Obs.: Texto não recomendado para menores de 18 anos. O autor não se responsabiliza pela visualização indevida por menores de idade.
Manuela não
conseguia extrair aqueles pensamentos de sua psique. A tão repulsiva vozinha
ecoava insistentemente em sua cabeça: piranha, vagabunda, prostituta... Como
pode uma mulher de 45 anos, respeitada professora, dois filhos, em seu segundo
casamento, deleitar-se em tamanha promiscuidade? Apesar da conduta reiterada,
ainda não se acostumara com a ideia da tal bissexualidade O tesão que sentia
por moçoilas, quase sempre suas alunas, era arrebatador, instintivo, quase
viciante. Agia como uma dependente química. Não podia se privar por muito
tempo daquele alucinante odor vaginal. Caçava suas presas de forma quase
primitiva, quase animal.
Carolina era
uma de suas prediletas. Sua língua contorcia-se nos mais diversos e profundos orifícios,
com habilidade jamais vista. Sabia do fascínio que despertava em sua
professora, e o explorava astutamente: chantageava-a. Constantes eram as
ameaças e voluptuosas eram as quantias que auferia.
- Querida professora – caprichava no tom
sarcástico -, que tal a senhora fazer uma caridade e me doar cem reais? Estou
precisando para completar o dinheiro do salão. É custoso manter-se sempre
vislumbrante. Sabe como é, né?
- Mas, mas, minha filha – não contia o tremor
na voz -, ainda nem recebi meu salário. E estou tão endividada. Meu cartão de
crédito estourou mês passado. Aquele seu banho de loja me custou caro. Suas
despesas são exorbitantes.
- Despesas, é? – Sua gargalhada ecoou por toda
a sala -. Eu sou um investimento, tá, meu bem? E outra: não estou nem aí para
seus problemas financeiros. Quero é as verdinhas em minhas mãos até amanhã. Fui
clara? Ou a senhora quer que seu maridinho saiba que sua esposa não passa de
uma sapata sem escrúpulos? Ou prefere que o colégio inteiro saiba que conquistou a bolsa de seu querido filho trepando com a diretora?
E assim Manuela afundava cada vez mais em suas ninfomanias. A depressão a
consumia lentamente. Seu único refúgio era o sexo, seu tão valoroso vício.
Lembrava das delicadas mãos percorrendo seus mamilos, dos seus dedos deslizando
no jovial centro de suas concubinas, do calor úmido das línguas que se
esgueiravam nas mais exóticas cavidades, do nervo rígido de suas virilhas que
pulsava freneticamente. Todo esse bacanal a acalentava. Todo o sofrimento era recompensando pelo clamor final
de suas jovens. Não havia nada mais reconfortante que sentir a libido
escorrendo por entre seus dedos. E os tais brinquedinhos? Qual escolher? O mais grosso? O mais comprido? Aquelas dúvidas
desenhavam um brilho lascivo em seus olhos.
Após um dia
cansativo de trabalho (e de bizarras contorções de kama sutra), Manuela
só desejava uma cama macia e reconfortante, acompanhada de um bom pornô
lésbico, claro. Ainda na sala, ouviu alguns gemidos, de diferentes frequências e timbres. O que será isso? Achou mais
prudente entrar em silêncio a gritar o nome de seu esposo. E se ele a estivesse
traindo? Não, não é possível! Roberto jamais seria capaz de tamanha canalhice! O sussurrar dos pensamentos e o tom dos gemidos se misturavam, em
um ritmo ensurdecedor. Estupefata, seus músculos enrijeceram diante de tal cena:
Arthur, seu filho mais velho, fincava as unhas nas ancas de Carolina, enquanto
seu instrumento, rígido e pulsante, penetrava-a loucamente; simultaneamente,
Roberto multiplicava o prazer do casal com mordiscadas nas costas de seu
enteado, embalado pelo frenético vai-e-vem de um poderoso sexo anal.
Seu mundo ali
desabou.
5 comentários :
MEODELLS!
Estou sem palavras!
O texto, como sempre, bem escrito!
E o conteúdo alucinante! rsss
Parabéns!
Belo texto. Estarei sempre por aqui.
Fica na paz.
O texto conseguiu, sem sombra de dúvida, o objetivo que tu me disse que procurava. Gostei da trama, do desenrolar, enfim... gostei de tudo.
Selvagem, doentio, sujo, muito bom! Um autor com uma imaginação e tanto!!! HASEUOHAESUOhaeSO
Agradeço imensamente os elogios de todos! Abraços!
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