Gladiadores

LEITURA NÃO ACONSELHÁVEL PARA MENORES DE 18 ANOS E PARA PORTADORES DE MENTES DIMINUTAS. 
 
Os raios de sol atravessavam facilmente as escassas nuvens, em ângulo de 45º, no sentido oeste, naquele fim de tarde de verão. O suor escorria, ondulando em salientes curvas, um caminho árido e tortuoso, esculpido por sulcos de cicatrizes e peitorais milimetricamente desenhados. Seus rostos refletiam uma angústia, que almejava ser fúria, naquele frenesi de emoções e de gritos desesperados da plateia animalesca. Seguravam na mão direita, ou esquerda, a depender de variantes canhotas ou destras, uma longa espada, que reluzia um aço imperioso de 50 centímetros e que sussurrava clamores de milhares de almas por ela libertadas. Na mão esquerda, fincava um escudo, de 100 centímetros de diâmetro, decorados minuciosamente por pedras toscas, que, criteriosamente, amplificavam os gritos das mais horrendas figuras, desde mitológicas a impressionistas. Aguardavam aqueles que poderiam ser os últimos minutos de suas vidas, na esperança, quase insensata, de se verem libertos daquela gigantesca prisão côncava.

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