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Iniciaremos hoje no PA uma série de posts, que serão publicados mensalmente, em caráter permanente, de sugestões de sites/blogs. Cada post conterá uma lista de três sites/blogs que, após um criterioso crivo (que incluirá a análise tanto técnica e visual do site/blog quanto seu conteúdo, claro), foram considerados de boa qualidade para nossos leitores. Constará, também, uma síntese da biografia do escritor-blogueiro e sugestões de leitura, que incluirão, preferencialmente, os textos mais acessados do respectivo site/blog.

Teresina, Cidade Verde?

TERESINA, capital do Estado do Piauí, hoje, 16 de agosto, comemora seus joviais 160 anos. Uma cidade que, apesar de nova, já enfrenta problemas de grandes metrópoles. Mazelas sociais que perpassam as desigualdades sociais, a falta de infraestrutura das polícias judiciárias, o déficit do ensino educacional, o descaso com a saúde pública e o total desinteresse na conservação das riquezas naturais. Abordaremos, neste texto, este último tópico, expondo, ao final, soluções plausíveis para desenlace deste impasse.

A família perfeita

Uma (falsa) família perfeita


Éramos uma família perfeita, no sentido bíblico da expressão. Marido, mulher e dois roliços e rosados filhos. Como bons católicos, íamos à igreja semanalmente, sempre aos domingos. Jantávamos em requintados restaurantes, preferencialmente aos sábados. Convidavam-nos para todos os eventos festivos, desde aniversários até réveillons. Sempre queriam nos manter por perto, como que à espera que, por um deslize, mostrássemos personalidades grosseiras e selvagens. Éramos impecáveis, no entanto. A vizinhança nos inveja e questionavam-se como uma família poderia ser tão unida e feliz. Devo dizer que éramos excelentes atores.

Você quer ser meu pai?


Abandono de crianças em orfanatos no Brasil


HELENA fincava fortemente as unhas em minhas costas. Suas lágrimas inundavam meu paletó. Reunia, em minhas vísceras, o impossível, para não sucumbir àquele momento. Era o terceiro filho que perdíamos, somente naquele ano.

 - Eu sou uma oca, Vinícius! Completamente vazia por dentro! – agitava a cabeça, desordenadamente, atrapalhando-se entre lágrimas e palavras.

 - Amor... – suspirei fundo. – Acalme-se. A culpa não é sua. – pus meu indicador em seu queixo e, erguendo seus olhos, enxuguei-lhe as lágrimas e beijei-lhe a testa. – O aborto espontâneo, como a própria nomenclatura sugere, independe completamente de sua vontade. – entoava minha voz, de modo a soar a mais acolhedora possível. – Simplesmente acontece. – conclui, abraçando-a com maior afinco. Olhei para o nada, por sobre seu ombro, e perdi-me em pensamentos, perguntando-me até que ponto suportaria aquilo tudo.

Histórias Cruzadas

 A discriminação racial no Brasil


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...). (CF/88)

A PAR da garantia insculpida na Carta Magna, será se a igualdade lato sensu, princípio basilar da República Federativa do Brasil, ultrapassa os limiares estabelecidos pela letra da lei? Ou será se essa norma restringe-se ao campo meramente material, posicionando-se mais como uma norma programática que cogente?

Tais questionamentos foram despertados em meu intelecto pelo filme Histórias Cruzadas, que retrata, sob o viés das empregadas domésticas, a discriminação racial predominante nos Estados Unidos, da década de 40. As pobres negras, em apertada sinopse, sofriam as mais cruentas formas de exclusão social, que perpassavam a proibição de frequentar certos ambientes ao absurdo de serem tolhidas, por força de lei, a utilizar o mesmo banheiro de seus patrões.

Sarah Meneses, a curica de ouro

O ouro olímpico da judoca piauiense Sarah Meneses


Há pelo menos dez dias, ri-me ao ver que, no microblog Twitter, dentre os Trending Topics, constava a expressão “curica de ouro”, que aludia à conquista histórica do ouro olímpico pela judoca piauiense Sarah Meneses. Como é cediço, tal expressão advém do bordão utilizado por uma personagem de novela televisiva, transmitida pela emissora Rede Globo. No mesmo dia, também incorri em felicidade instantânea, ao deparar-me com um depoimento incontido, de idêntica temática, de um usuário da rede social Facebook; dessa vez, porém, de tom mais estúpido e menos humorístico que aqueloutro. Transcrevo um trecho da declaração, com as devidas correções gramaticais: “Pode ganhar milhões de medalhas... O Brasil vai continuar o mesmo em educação, saúde, segurança (...).” Aqui, utilizo-me de meu direito constitucional ao silêncio, tamanha a ausência de embasamento fático e lógico da assertiva. As críticas destrutivas e as expressões faciais ficam a seu critério, leitor.

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