A mulher dos meus sonhos

A SOBERBA #2


O sol não estava mais iluminado nem os passarinhos cantarolavam nos arvoredos. Era uma dia como outro qualquer. Daqueles que, no início, você deseja que termine logo e que, no final, prolongue-se por mais três ou quatro horas. Acredito, leitor, que as melhores (e piores) pessoas sempre surgem (e desaparecem) no inesperado.

12h30. Intervalo para o almoço. Aproveito e dou uma escapadela do escritório para a livraria da esquina. Há dias aquele Vade Mecum atualizado estava em meus planos. Quase correndo, atravesso o mar de pernas, entre puxões e xingamentos. Um “não vê por onde anda, seu apedeuta?” acertou minha nuca. Suspirei, balancei negativamente a cabeça e, com um franzir de testa, prossegui. Apenas me despertou a curiosidade aquele verbete esquisito.

Pobre e soberba

A SOBERBA #1


Rochelle, pobre e soberba (Poemas Avulsos)NASCEU no interior do estado, em uma choupana de teto de palha e paredes de barro. Se o ditado popular fosse verídico, diria que nasceu com as nádegas viradas para o Sol. Teve de viver aquela vidinha interiorana de muito trabalho e pouco estudo.
A falta de sorte financeira e intelectual, no entanto, fora compensada com uma astúcia inigualável. Como se tal virtude não bastasse, era harmônica de curvas e traços de rosto. Isso mesmo que você está pensando, leitor: não demorou muito e ela logo se engraçou com o coronel da cidadela. Era a amante e, como boa profissional do ramo, sugava do adúltero bons quinhões. Nada que uma boa lábia (lê-se ameaças) não resolva, não?

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